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Tenho acompanhado no youtube o simpático canal PLaymoTV, onde vi há pouco tempo atrás sobre esse lançamento. Achei muito interessante essa coleção desta editora, mas será que aparecerá por aqui? Quanto às mulheres estarem fora desta coleção...creio que não é motivo para tanto, apenas quiseram fazer assim, pura e simplesmente. Se fosse o contrário creio que os homens não iam reclamar, talvez a Barbie aproveite esse "gancho" e lance uma coleção com elas, rsrsrs! O negócio é playmobil, e não luta de, ou sobre gêneros e sexismo.
Abraço

Eu acho que a observação é pertinente. Afinal, para uma coleção tão grande, que acompanha uma história da humanidade igualmente extensa, seria justo reverenciar mulheres como Cleópatra, Joana D'arc, Ada Lovelace... De toda forma, acredito que a exclusiva presença masculina nesses fascículos não é ditada por uma lógica misógina, mas sim, econômica: pois as figuras da coleção, pelo que vejo, são "de linha", ou seja: não são exclusivas, não geraram custo operacional de criação para a fornecedora (geobra). Mais ou menos a mesma relação que houve com as promoções da revista Recreio.

Polêmicas à parte, a coleção é muito bem pensada e uma forma divertida de ensinar história para as crianças. Bem que uma boa alma poderia lançar no Brasil. Não se espantem se lançarem uma versão desta coleção só com personagens femininos.

Zerocal escreveu:Luciano, bom revê-lo por aqui.

Mas perceba que já existe na coleção regular uma "Cleópatra" (acho que numa caixinha Special).
Por que não a relançaram nesses fascículos? Essa pergunta, aliás, é feita no texto.
E sabemos que, com pequenas alterações, é possível fazer uma sacerdotisa, uma deusa, uma rainha...

Tampouco acredito que haja misoginia na situação descrita, mas sim uma desatenção feia,
que merecia ser "consertada" com uma segunda coleção de fascículos mais plural! Seria ótimo!

Bem lembrado, Cal! Essa figura da Cleópatra cairia muito bem, e já está tão 'pronta' quanto as demais, que foram eleitas para compor a coleção. Você tocou num ponto que também considero fundamental: a pluralidade. Difícil opinar sem o material em mãos, mas talvez tenha faltado mais alteridade étnica e cultural nesse conteúdo didático. Pelo que saquei da imagem que mostra as figuras da coleção, a editora preferiu apostar em montagens simples, não lançou personagens históricas específicas (como vemos nos especiais de hoje - Goethe, Lutero, etc.). Tem até tenista na parada!

Além dessa desatenção com as personagens femininas, também percebi que há apenas duas figuras de etnia africana, dentre as 60 lançadas. Uma delas aparenta ser um mouro, e a outra, um pirata. Uma presença um tanto quanto superficial e apagada, já que Cinque, Luther King Jr, Mandela e tantos outros escreveram páginas históricas pra lá de memoráveis. Mas enfim, talvez eu esteja "pedindo demais" e tendo uma noção equivocada da série, já que ela pretende ensinar história às crianças, e deve lançar mão de uma narrativa em linhas gerais (ou até mesmo infantilizada) da evolução da humanidade. Sob uma perspectiva espanhola, inclusive.

Concordo Luciano, acho que talvez estejamos pedindo um pouco demais, rsrsrs, são tantos que fizeram história, que estaríamos devendo de qualquer maneira a muitos e muitos que não estão presentes na coleção. As mulheres nunca vão ser "apagadas" simplesmente assim, até porque na linha regular playmobil o universo feminino nunca foi tão bem representado como agora, temos shoppings, lojas de roupa, grávidas, policiais, princesas, conto de fadas, egípcias, romanas, cowgirls e muito mais. Creio que a marca está querendo atrair mais o interesse do público feminino. Eu não sei dos números de venda das linhas dedicadas às meninas no cenário atual, mas espero que estejam respondendo e ajudando à crescer a marca entre elas. Pelo que vejo, inclusive aqui no fórum, o interesse masculino sempre pareceu ser muito maior.

Icemany

Concordo contigo, meu caro. As últimas linhas playmobil (mormente de 2010 pra cá) mostram como a geobra tem se dedicado a promover um 'mundo playmobil' cada vez mais diversificado em termos étnicos e culturais. Por isto, acho que a empresa alemã nada tem a ver com o problema apontado pelo blog. As 60 figuras da coleção certamente foram escolhidas pela editora, e, mesmo assim, não vejo misoginia nessa questão. Apenas uma 'praticidade econômica', ao atrelar figuras genéricas e de tiragem facilitada a um empreendimento lúdico e didático que, vale ressaltar, parte da idiossincrasia de quem assina essa coleção.

Tanner,

Respeito sua opinião, mas para mim, não há nenhuma "bobagem" nessa observação feita pelo blog espanhol. Na verdade, vejo que a sua tentativa de desqualificar a discussão, oportunamente provocada pelo Zerocal, é um tanto quanto estouvada. Postular por "curtir mais o brinquedo em si" é um direito seu, mas isto não soa tão prático e angelical para observadores que não pertencem à egrégora playmobilista, ou mesmo para os colecionistas que vão além do simples ato de acumular itens. De toda forma, reitero: respeito sua opinião.